quinta-feira, 28 de novembro de 2019

Crenças

Fui a casa de um casal amigo que tinha, como adorno, um pequeno elefante com a cauda virada para a porta. Questionei se o bicho estava "de trombas" e responderam que era para "chamar o dinheiro e dar sorte". Calei-me, e pensei para mim "uma cena que dá sorte e chama o dinheiro, é... Trabalhar".

domingo, 24 de novembro de 2019

28 anos sem Freddie Mercury

24 de Novembro de 1991. Freddie Mercury silenciava-se para sempre, e com ele, toda a mística e magia de um homem muito complexo, com uma generosidade incomum, inteligência, humor, e sabedoria deliciosos. Uma paixão pelo trabalho tal, que gravou quase até ao seu último suspiro, fazendo ecoar para sempre toda a sua criação. Passaram-se 28 anos, e ainda hoje ele parece presente, aqui, connosco. Nem Freddie imaginava ser tão imortal. Vamos continuar dar-lhe o ouvidos porque... Estes são os dias das nossas vidas.

quarta-feira, 10 de abril de 2019

Mundos no nosso mundo

Sempre tive imensas actividades. Gosto disso, gosto da sensação de vida cheia, e até daquele "nervoso miudinho" de passar os dias com um constante agendamento de processos e actividades. No entanto, de todas, há uma que é impagável, e que é aquela que me consegue fazer desligar de tudo, e quase desactivar qualquer "nervoso miudinho" que possa surgir nesse momento. A rádio. É um part-time que começou inocentemente como um "quase escape" ao stress em que estava inserido a dada altura, e onde poderia cruzar o meu gosto e conhecimento musical, com uma certa habilidade para transmitir ideias e opiniões. E assim nasceu o Sinestesia e Arte Sonora, e assim tenho este mundinho que tão bem me faz entrar num verdadeiro universo paralelo, onde tudo corre sempre bem.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2018

Viver | Part II

Fez hoje, às 8h30, 14 anos desde que fui ensinado a viver e a levar a vida de uma nova forma. 14 anos desde que comecei a olhar para o mundo e para as pessoas como se fosse "a última vez". Não é sempre assim, e ao longo dos anos parece que o ensinamento vai sendo esquecido, mas... tenta-se que assim seja.
É necessário dizer e relembrar que as melhores coisas da vida estão à disposição de todos nós, estão todas dentro de nós, basta extrai-las e deixá-las emergir, como a verdade, a imaginação, a criatividade, o amor, a gentileza, a compaixão.
Assim entende-se que a grandeza não tem nada a ver com sucesso, ou dinheiro, ou bens.





segunda-feira, 9 de abril de 2018

Supertramp

Ao 9º dia de Abril de 1977, o jornal "New Musical Express" anunciava o genial "Even In The Quietest Moments" dos Supertramp. A obra que nos trouxe os incríveis 10 minutos de "Fool's Overture", abria portas com a bem marcada "Give a Little Bit". Passaram-se 41 anos, e a magia dos Supertramp não se desvaneceu.




domingo, 8 de abril de 2018

Coração

Sempre gostei de olhar para trás, e sentir a minha evolução, o meu crescer e aprender, ao longo de horas, dias, anos... É bonito e é fascinante a forma como o nosso cérebro evolui e se molda a tudo o que o rodeia, forma ideias e opiniões, e na verdade, há tanto que muda, que por vezes, em alguns casos, já nem se partilha nada com o passado.

Em mim, há uma linha muito comum com o que eu era há vários anos atrás. Os gostos, as ideias, a música, os interesses. Com 19 anos emprestaram-me o Live At Acropolis do Yanni, um género a tocar na música Clássica. Na semana passada, com 33, comprei esse mesmo álbum, original, e um DVD do mesmo artista. Aos 15 anos sonhava explorar a electrónica Opel, descobrir como funcionava, dissecar até ao mais ínfimo pormenor, cada detalhe, especialmente nos modelos mais incomuns. Ontem, programei um computador de bordo numa Opel Sintra. Com 16 anos sonhava em fazer locução numa rádio, e "apoderei-me" numa tarde, da rádio da escola, de forma ilícita... Na semana passada fui eleito como um dos directores da rádio voz da ria de Estarreja. E assim, a vida segue, delineando-se por onde a sonhei, sem drásticas mudanças, a não ser o meu vincado ateísmo, e... o meu coração.
   
O meu coração tem mudado, mudado muito, e já quase não o reconheço. Tornei-me distante, frio e isolado, sem paciência para sentimentos, os meus, e os dos outros por mim. Paixões e amores fortes, os de outrora, mas que escavaram dor, lágrimas, e noites sem dormir. A camada protectora que se formou, tornou-me agora imune à dor emocional. Chorei mais a morte do Stephen Hawking, que choraria o fim de uma relação. Dói-me mais um animal abandonado, que o abandono emocional. Não é que possamos quantificar, e é claro que são dores diferentes, mas... tornei-me estranho.
Hoje passei a tarde a trabalhar, por minha conta, em casa, no meu mundo. Rodeado por electrónica, displays, equipamentos de navegação e derivados. O som de fundo fez-se ouvir pela banda sonora do filme "A Teoria de Tudo", que relata a história e vida de Stephen Hawking.

E hoje... hoje reflecti muito sobre isto, e questionei-me, se estarei a fazer o correcto. Senti saudades do meu passado emocional, do bom e do mau da minha última relação. Senti vontade de lhe escrever e dizer apenas "não me esqueci de ti". E não, na verdade não me esqueci de ninguém de quem passou pela minha vida, não me esqueci nem esqueço do bem que cada pessoa me faz ou me fez. No entanto, não consigo "aquela entrega", aquele amar desmedido e irracional, que tanta falta faz nos nossos dias.
Tornei-me assim, racional, cerebral, lógico, e a procurar pontos de optimização em cada detalhe.

Uma vida de entrega à música, à electrónica, e a um ou outro sonho mais estapafúrdio. Mas... E o amor? E o coração? Não sei... Espero um dia mudar, porque preciso, urgentemente, de perceber que aquilo a que chamamos de paixão e amor, não morreu em mim.

domingo, 1 de abril de 2018

Encontros com encontros

Visitei recentemente um dos seres humanos mais incríveis que conheço. Não a via há um ano, e nesta sociedade em reforço contínuo da estupidez, da vida leviana, sem espírito crítico, objectivos ou sentido de responsabilidade, foi uma autêntica lufada de ar fresco, que despertou as melhores e mais valiosas sensações. Dizem que "um café com um amigo é uma das melhores terapias do mundo", e é bem verdade.

No meio de tudo isto, e com alguma partilha de ideias sobre música, e até aproximação ao "Spotify", o qual tenho renegado, reencontrei uma faixa que me ia ecoando já muito desvanecida na mente há imenso tempo. Pensando eu que nunca mais a encontraria, por não ter, sequer, noção de um pedaço de letra, mesmo sabendo que era maravilhosa, a verdade é que neste encontro, entre risos, sorriso e gargalhadas, lá consegui, de novo, ouvir o "Outro Lugar", de "Toco".